Políticas nacionais de redução de GEE – COP21 Como avançar em Paris

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Temos, nas páginas que se seguem, nove ensaios centrados no objetivo de construir conhecimentos e analisar políticas de redução das emissões de GEE nos países selecionados e participantes da COP21 em Paris. Cada autor levou em conta, na preparação do seu roteiro, o perfil socioeconômico e demográfico do país escolhido, sua matriz energética, fontes de emissões, compromissos assumidos anteriormente e intenções já determinadas para o horizonte pós-2020.

Os exercícios acadêmicos aqui reunidos mostram as habilidades e o rigor de jovens pesquisadores. O bom trato dos indicadores e a cuidadosa observância da metodologia estabelecida são outros méritos presentes nestes conteúdos tão oportunos para que se formem, nas vésperas da COP 21, o juízo correto sobre ações mitigadoras desenvolvidas por grandes emissores de GEE.

Cabe sublinhar a perícia dos autores deste dossiê na lida com uma pletora de estatísticas e referências nem sempre atualizadas, o que vem dificultando muitas outras análises do tema em foco. Lembre-se ao leitor que o próprio IPCC chegou a recomendar aos países inventariantes de emissões que façam estimativas acuradas quando as bases de cálculo apresentarem margens compreensíveis de inexatidão. O último inventário brasileiro, por exemplo, declarou expressamente a falta de indicadores precisos. Por outro lado, ainda não existe na estrutura da ONU uma instância especializada para a avaliação de dados relativos aos Estados nacionais.

A 21ª Conferência das Partes reunirá líderes de 196 países e terá como foco a busca de um consenso que responda ao maior desafio para o futuro da humanidade: o aquecimento global. A expectativa é que os negociadores venham a fixar um teto para as emissões mundiais de gás carbônico. A ambiciosa meta deverá ser documentada nas INDCs (Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas) até outubro de 2015. Especialistas calculam que o quadro climático mundial exige que todas as emissões sejam limitadas em um trilhão de toneladas de CO2.

Para que as ações diplomáticas avancem na direção de um acordo efetivo e duradouro, urge dinamizar a entrega das INDCs, que ainda marcham em ritmo lento, incompatível com a urgência da matéria pautada.

O objetivo estratégico de zerar as emissões líquidas de carbono exige que a retórica da sustentabilidade seja acompanhada por métricas e alternativas de solução. Métricas são instrumentos quantificados de emissões para submetê-las à verificação externa. Alternativas de soluções, por seu turno, são medidas viáveis e concretas que desenham, passo a passo, o caminho até uma economia de carbono zero entre 2050 e 2100.

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Estratégias Corporativas e Economia Verde no Brasil

Resumo

A redução de emissões de GEE reclama ações governamentais e a mobilização de toda sociedade civil, nela incluída a iniciativa privada que já acumula duas décadas de experiências na sua curva de aprendizagem. Os conteúdos reunidos nesta obra foram elaborados por pós-graduandos da disciplina EAD-5953 – Estratégias Empresariais e Mudanças Climáticas, da FEA-USP, ministrada em 2014. Os textos analisam objetivos, metas, estruturas operacionais e resultados obtidos pelas seguintes corporações: Petrobras, Agropalma, Suzano Papel & Celulose, Grupo AES Brasil, Tetra Pak®, BRF, ArcelorMittal Tubarão, CPFL Energia e Latam Airlines. Estes conteúdos revelam um cenário ainda marcado por alguns desacertos, mas já atingindo uma escala capaz de fortalecer a posição brasileira em todos os fóruns internacionais, principalmente a tão esperada e decisiva reunião de Paris em 2015.

Abstract

The reduction of greenhouse gases requires both governmental action and the mobilisation of the whole of civil society. This includes private enterprise, which has already decades of accumulated experience within its learning curve. The research gathered in this work was produced by postgraduate students of the discipline EAD-5953 – Business Strategies and Climate Change at FEA-USP, held in 2014. The texts analyses objectives, goals, operational structures and results obtained by the following corporations; Petrobras, Agropalma, Suzano Paper and Celulose, AES Group Brazil, Tetra Pak®, BRF-Brazil Foods, ArcelorMittal Tubarão, CPFL Energy and Latam Airlines. This work reveals a scenario still marked by some mistakes, but already achieving results on a scale capable of strengthening the Brazilian position in all international forums, and most importantly for the long awaited and decisive meeting in Paris, 2015.

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Fundo Amazônia: Cinco Anos de Acertos e Equívocos – Balanço de uma Experiência de Apoio Externo e Gestão Brasileira

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Resumo

Busca-se neste capítulo introdutório recompor expectativas que há cinco anos mostraram grande força e, presentemente, chegaram a tomar o rumo das esperanças perdidas. É nosso propósito, pela via da observação, salvar da indiferença ou do descrédito um projeto nacional cuja relevância impõe no máximo uma revisão de encaminhamento, jamais a descontinuação.

Estamos tratando do Fundo Amazônia (FA), criado pelo Governo Federal em 2008. Este Fundo é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e tem por objetivo captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento, combate ao desmatamento, promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no Bioma Amazônia. Sobre as metas pretendidas e sua atuação gestora, o BNDES informa que ao término dessa atividade o Fundo Amazônia deverá deixar para a Região um legado de atores capacitados, financeiramente sólidos, transparentes, responsáveis e aptos a manter uma nova dinâmica de desenvolvimento sustentável. Para tanto foi montada uma estrutura representativa da sociedade civil, a qual responde pela emissão das diretrizes gerais, cabendo, em tese, a um comitê formado por especialistas a relação com as instituições que apresentam e desenvolvem os projetos.