Relatório sobre as Intended Nationally Determined Contributions INDCS da Índia.

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Resumo

O tema das mudanças climáticas tem mobilizado a comunidade internacional, em especial a UNFCCC e os seus 156 Estados-membros, que se mobilizam em torno de compromissos individuais para a redução das emissões globais de gases de efeito estufa. Este trabalho apresenta um retrato dos compromissos e políticas até então estabelecidas pela Índia, país que é o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo e que tem sido constantemente convocado a firmar e cumprir compromissos para redução das emissões de carbono e dos níveis de degradação ambiental.

Apesar de ainda não ter divulgado oficialmente as suas Intended Nationally Determined Contributions – INDCs, o país se comprometeu a uma redução de 20-25% da intensidade de emissões até 2020, em comparação com os níveis em 2005 (com exceção das emissões advindas do setor agrícola), metas que sinalizam serem alcançáveis até o ano de 2020, ou até antes, ainda que estejam baseadas em projeções de PIB e, por isso, lidem com incertezas. Para tal, as políticas adotadas pela Índia focam principalmente na redução das emissões da sua matriz energética, fortemente dependente de carvão e responsável por 38% das emissões do país.

Ao divulgar os compromissos e políticas a sempre implementadas, o país reforça também os principais desafios para a implantação e sustentabilidade dos mesmos: i) o custo das adaptações necessárias, principalmente diante da elevada tributação do país; ii) e a tecnologia e a necessidade de proteger os direitos de propriedade intelectual. Para superar tais desafios de adaptação e mitigação dos impactos da mudança climática, a Índia reconhece a necessidade de colaborar com outras nações e reforça a importância de investimentos externos e a transferência de tecnologia advinda de países desenvolvidos.

Palavras-chave: Mudanças Climáticas; Índia, INDC;

Abstract

The issue of climate change has mobilized the international community, particularly the UNFCCC and its 156 Member States, who are motivated to make individual commitments to reduce global emissions of greenhouse gases. This paper presents a portrait of the commitments and policies previously established by India, a country that is the third largest emitter of greenhouse gases in the world, and has been constantly summoned to sign and fulfill commitments to reducing carbon emissions and its levels of environmental degradation.

Although India has not yet officially released its Intended Nationally Determined Contributions – INDCs, the country has committed to a reduction of 20-25% of emission intensity by 2020 compared with levels in 2005 (with the exception of emissions from the agricultural industry). These goals seem to be achievable by the year 2020, or even earlier, although they are based on GDP projections, and therefore deal with uncertainties. To this end, policies adopted by India focus primarily on reducing emissions within its energy matrix, which is heavily dependent on coal and accounts for 38% of the country’s emissions.

To disclose the commitments and policies to be implemented, the country also underlines the main challenges for the implementation and sustainability of them: i) the cost of the necessary adaptations, especially facing the high taxation in the country; ii) technology and intellectual property rights. To overcome such challenges of adaptation and mitigation of climate change impact, India recognizes the need to cooperate with other nations and reinforces the importance of foreign investment and technology transfer from developed countries.

Keywords: Climate Change; India, INDC.

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Políticas nacionais de redução de GEE – COP21 Como avançar em Paris

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Temos, nas páginas que se seguem, nove ensaios centrados no objetivo de construir conhecimentos e analisar políticas de redução das emissões de GEE nos países selecionados e participantes da COP21 em Paris. Cada autor levou em conta, na preparação do seu roteiro, o perfil socioeconômico e demográfico do país escolhido, sua matriz energética, fontes de emissões, compromissos assumidos anteriormente e intenções já determinadas para o horizonte pós-2020.

Os exercícios acadêmicos aqui reunidos mostram as habilidades e o rigor de jovens pesquisadores. O bom trato dos indicadores e a cuidadosa observância da metodologia estabelecida são outros méritos presentes nestes conteúdos tão oportunos para que se formem, nas vésperas da COP 21, o juízo correto sobre ações mitigadoras desenvolvidas por grandes emissores de GEE.

Cabe sublinhar a perícia dos autores deste dossiê na lida com uma pletora de estatísticas e referências nem sempre atualizadas, o que vem dificultando muitas outras análises do tema em foco. Lembre-se ao leitor que o próprio IPCC chegou a recomendar aos países inventariantes de emissões que façam estimativas acuradas quando as bases de cálculo apresentarem margens compreensíveis de inexatidão. O último inventário brasileiro, por exemplo, declarou expressamente a falta de indicadores precisos. Por outro lado, ainda não existe na estrutura da ONU uma instância especializada para a avaliação de dados relativos aos Estados nacionais.

A 21ª Conferência das Partes reunirá líderes de 196 países e terá como foco a busca de um consenso que responda ao maior desafio para o futuro da humanidade: o aquecimento global. A expectativa é que os negociadores venham a fixar um teto para as emissões mundiais de gás carbônico. A ambiciosa meta deverá ser documentada nas INDCs (Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas) até outubro de 2015. Especialistas calculam que o quadro climático mundial exige que todas as emissões sejam limitadas em um trilhão de toneladas de CO2.

Para que as ações diplomáticas avancem na direção de um acordo efetivo e duradouro, urge dinamizar a entrega das INDCs, que ainda marcham em ritmo lento, incompatível com a urgência da matéria pautada.

O objetivo estratégico de zerar as emissões líquidas de carbono exige que a retórica da sustentabilidade seja acompanhada por métricas e alternativas de solução. Métricas são instrumentos quantificados de emissões para submetê-las à verificação externa. Alternativas de soluções, por seu turno, são medidas viáveis e concretas que desenham, passo a passo, o caminho até uma economia de carbono zero entre 2050 e 2100.

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Gestão de gases de efeito estufa (GEE) no setor de aviação: o caso do Grupo Latam Airlines

Empresas de diversos segmentos vêm traçando estratégias ambientais para posicionar-se com relação ao quadro de incertezas oriundo das mudanças climáticas em curso. Algumas empresas estão buscando obter bons resultados no triple-bottom-line (econômico, social e ambiental) e vêm obtendo sucesso, mas os desafios ainda são grandes.

O setor de aviação civil tem ampla relevância econômica e climática, e vem crescendo aceleradamente, tanto no Brasil como no mundo. As emissões de gases de efeito estufa (GEE) do setor são consideráveis, e sua redução representa desafio para as empresas do segmento, incluindo as operadoras aéreas.

Este trabalho tem como objetivo principal avaliara estratégia ambiental do Grupo Latam Airlines, com foco em emissões de GEE, por meio de análise de informações públicas e oriundas de conversas informais, com aplicação de modelos da literatura especializada em estratégia de sustentabilidade.

Palavras-chave: Estratégia ambiental; aviação; operadora aérea; emissões de gases de efeito estufa (GEE);

Abstract

Companies in different industries have been developing environmental strategies to position themselves regarding the uncertainties brought by climate change. Some companies have been successfully working towards achieving triple-bottom-line (economic, social, and environmental) results, but the challenges are still abundant. The aviation industry is enormously important in economic and environmental terms, and it has been growing rapidly both in Brazil and the rest of the world. However, greenhouse gas (GHG) emissions from this industry are considerable, and pose great challenges to all players in the industry, including airline companies. This work aims to analyze the environmental strategy of Latam Airlines Group, focusing on its GHG emissions, by examining the publicly available information and data obtained with informal conversations, using frameworks present in the specialized literature of sustainability strategy.

Keywords: Environmental strategy; aviation; airline company; greenhouse gas emission (GHG).

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