Santelisa Vale S.A.

Introdução

A Companhia Energética Santa Elisa já era uma das mais importantes empresas do setor sucroalcooleiro e passou, recentemente, por modificações em sua estrutura societária e organizacional, que dinamizaram não apenas a atuação de mercado, mas também o potencial de ações ambientais.

Quatro unidades industriais integram esta nova holding: as usinas Santa Elisa (Sertãozinho-SP), Vale do Rosário (Morro Agudo-SP), MB (Morro Agudo-SP) e Jardest (Jardinópolis-SP), que se orientam pela idéia de aplicar as melhores práticas de cada uma em contínuo processo de troca de competências. A holding tem participação em mais duas usinas, 65% na Continental (Colômbia-SP) e 50% na Tropical Bioenergia (Edéia – GO), esta última com previsão de funcionamento a partir de 2008. Além disso, participa com 72% do capital da Crystalsev, empresa que atua como trading e administradora de ativos no setor, sendo uma das maiores exportadoras de açúcar e álcool.

O novo grupo, que leva o nome de Santelisa Vale, tem 14 mil funcionários distribuídos nas cinco usinas em operação e tem como estimativa final de moenda para 2007 cerca de 18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Seu faturamento é de R$ 1,8 bilháo e lucro de R$ 170 milhões. A área plantada de cana de 240 mil hectares, com aproximadamente 60% da colheita mecanizada, superando o índice mínimo determinado por lei, que é de 30%. As usinas devem produzir 22 milhões de toneladas de açúcar, sendo que 10,8 milhões destinados à exportação e 11,2 milhões ao mercado interno. Serão 723 milhões de litros de álcool produzidos, com exportação prevista de 26,8 milhões de litros e consumo interno de 664 milhões. São comercializados 417 mil Mwh de excedente de energia co-gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Essa quantidade seria capaz de suprir o consumo de uma população residencial de um milháo de habitantes em um ano.

O grupo agora entra numa nova fase de expansão, pois investe na construção de novas usinas e diversifica os negócios em busca da liderança mundial na oferta de soluções de energia renovável. Conta com parceiros internacionais que, além de investirem na expansão, contribuem para o alongamento da dívida de R$ 1,35 bilháo, adquirida no financiamento da compra das ações minoritárias da Usina Vale do Rosário.

Um dos investidores mais importantes, o Banco Goldman Sachs, realizou um investimento de R$ 400 milhões e possui 15% de participação na holding. O projeto de expansão conta ainda com a participação do Açúcar e álcool Fundo de Investimentos e Participações (FIP), na empresa CNAA – Companhia Nacional de Açúcar e álcool, que tem o controle de outras quatro usinas que serão construídas em Goiás e Minas Gerais. além disso, há ainda a parceria entre a The Dow Chemical e a Crystalsev para a construção de um pólo álcool-quimico para a produção de polietileno a partir do etanol. A produção inicial do plástico será de 350 mil toneladas/ano e está prevista para 2011.

Com estas providências e um investimento previsto da ordem de R$ 3,3 bilhões, o objetivo é dobrar a moagem de cana, passando de 18 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas até 2009. Para ampliar seu capital por meio da entrada de novo sócio, o grupo realizou uma oferta privada de ações, que resultou na entrada do bndesPar como acionista. Inicia os preparativos para realizar uma oferta pública de ações (IPO) a partir de 2008, a fim de sustentar parte do crescimento previsto de 84% no processamento de cana-de-açúcar até 2009/2010.

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Votorantim Celulose e Papel

Introdução

Relatório completo de 2008 – A Experiência Empresarial no Brasil

A origem da VCP remonta ao início da década de 1950, quando o empresário José Ermírio de Moraes – fundador do Grupo Votorantim ao lado de Antônio Pereira Ignácio -, inicia uma plantação de 80 milhões de pés de eucalipto na região de Capão Bonito, interior de São Paulo, alimentando o desejo de atuar no setor de celulose e papel.
A partir de então, a Votorantim faz diversos investimentos no setor, mas apenas em 1988 o sonho de uma fábrica própria virou realidade: junto com o bndes, a Votorantim adquiriu o projeto Celpav (Celulose e Papel Votorantim), para implantação de uma fábrica integrada de papel e celulose em Luiz Antônio, cidade próxima a Ribeirão Preto (SP). Com sua capacidade crescente de produção, a Votorantim consolidou, em 1995, a Celpav e as fábricas adquiridas do Grupo Simão em uma única holding – a VCP (Votorantim Celulose e Papel).
Em 1º de fevereiro de 2007, a VCP realizou troca de ativos com a International Paper (IP), maior fabricante de papel dos Estados Unidos. Transferiu à companhia norte-americana o controle de uma unidade de celulose e papel e da correspondente base florestal na região de Luiz Antônio (SP). Em troca, recebeu uma fábrica de celulose em construção, com todos os direitos relacionados, além de terras e florestas plantadas localizadas no entorno de Três Lagoas (MS).
Após a troca de ativos com a International Paper, a VCP passou a atuar em 416 mil hectares (entre terras próprias e arrendadas), dos quais 241 mil são de áreas plantadas com eucaliptos, nos Estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul. As regiões florestais de Capão Bonito e do Vale do Paraíba formam a unidade florestal de São Paulo, que é responsável pelo suprimento de madeira de eucalipto para fabricação de celulose e papel na Unidade Industrial de Jacareí.

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ArcelorMittal Tubarão

Introdução

Em operação desde 1983, a ArcelorMittal Tubarão, anteriormente Companhia Siderúrgica Tubarão (CST), é uma siderúrgica integrada a coque e está localizada estrategicamente na região da Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo. Detêm posição de liderança no mercado internacional de placas e se apresenta como um fornecedor diferenciado no mercado interno de laminados a quente, no qual passou a competir no segundo semestre de 2002. Seu laminador utiliza a mais avançada tecnologia disponível, sendo a única siderúrgica do país a dispor de coilbox na linha de laminação, um equipamento que contribui decisivamente para a qualidade final do produto.

As placas de aço constituem matéria-prima para outras usinas siderúrgicas, além de ter aplicação direta na indústria naval e de construção civil. As bobinas a quente têm uso na fabricação dos mais variados produtos, destacando-se tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas, material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens de grande porte. Mediante laminação a frio e/ou galvanização, são utilizadas também para a fabricação de automóveis (partes expostas), eletrodomésticos (linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.

A ArcelorMittal Tubarão produz bobinas a quente com espessuras entre 1,2 mm e 2 mm. Também pode produzir bobinas com espessuras grossas, entre 12,5 mm e 16 mm, que substituem chapas grossas convencionais a custo mais reduzido. É a única siderúrgica do país com capacidade para ofertar estes produtos, via laminação a quente, em tais dimensões.
Sua atual produção a insere como 3ª maior produtora de aço do Brasil, contribuindo com 15% da produção nacional. Finalizou em 2007 um processo de expansão que elevou de cinco para 7,5 milhões de toneladas/ano a sua capacidade de produção de aços.

Toda a sua fabricação baseia-se no carvão mineral como fonte energética e tem como principais processos: a Coqueria, a Sinterização, dois Altos fornos, Dessulfuração de Gusa, Calcinação, Aciaria, Refino do aço, Lingotamento Contínuos, e Laminação de Tiras à Quente. Ao seu processo de produção, a ArcelorMittal Tubarão busca agregar outros valores visando otimizar os custos e minimizar os impactos advindos de sua operação.

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