Votorantim Celulose e Papel

Introdução

Relatório completo de 2008 – A Experiência Empresarial no Brasil

A origem da VCP remonta ao início da década de 1950, quando o empresário José Ermírio de Moraes – fundador do Grupo Votorantim ao lado de Antônio Pereira Ignácio -, inicia uma plantação de 80 milhões de pés de eucalipto na região de Capão Bonito, interior de São Paulo, alimentando o desejo de atuar no setor de celulose e papel.
A partir de então, a Votorantim faz diversos investimentos no setor, mas apenas em 1988 o sonho de uma fábrica própria virou realidade: junto com o bndes, a Votorantim adquiriu o projeto Celpav (Celulose e Papel Votorantim), para implantação de uma fábrica integrada de papel e celulose em Luiz Antônio, cidade próxima a Ribeirão Preto (SP). Com sua capacidade crescente de produção, a Votorantim consolidou, em 1995, a Celpav e as fábricas adquiridas do Grupo Simão em uma única holding – a VCP (Votorantim Celulose e Papel).
Em 1º de fevereiro de 2007, a VCP realizou troca de ativos com a International Paper (IP), maior fabricante de papel dos Estados Unidos. Transferiu à companhia norte-americana o controle de uma unidade de celulose e papel e da correspondente base florestal na região de Luiz Antônio (SP). Em troca, recebeu uma fábrica de celulose em construção, com todos os direitos relacionados, além de terras e florestas plantadas localizadas no entorno de Três Lagoas (MS).
Após a troca de ativos com a International Paper, a VCP passou a atuar em 416 mil hectares (entre terras próprias e arrendadas), dos quais 241 mil são de áreas plantadas com eucaliptos, nos Estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul. As regiões florestais de Capão Bonito e do Vale do Paraíba formam a unidade florestal de São Paulo, que é responsável pelo suprimento de madeira de eucalipto para fabricação de celulose e papel na Unidade Industrial de Jacareí.

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ArcelorMittal Tubarão

Introdução

Em operação desde 1983, a ArcelorMittal Tubarão, anteriormente Companhia Siderúrgica Tubarão (CST), é uma siderúrgica integrada a coque e está localizada estrategicamente na região da Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo. Detêm posição de liderança no mercado internacional de placas e se apresenta como um fornecedor diferenciado no mercado interno de laminados a quente, no qual passou a competir no segundo semestre de 2002. Seu laminador utiliza a mais avançada tecnologia disponível, sendo a única siderúrgica do país a dispor de coilbox na linha de laminação, um equipamento que contribui decisivamente para a qualidade final do produto.

As placas de aço constituem matéria-prima para outras usinas siderúrgicas, além de ter aplicação direta na indústria naval e de construção civil. As bobinas a quente têm uso na fabricação dos mais variados produtos, destacando-se tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas, material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens de grande porte. Mediante laminação a frio e/ou galvanização, são utilizadas também para a fabricação de automóveis (partes expostas), eletrodomésticos (linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.

A ArcelorMittal Tubarão produz bobinas a quente com espessuras entre 1,2 mm e 2 mm. Também pode produzir bobinas com espessuras grossas, entre 12,5 mm e 16 mm, que substituem chapas grossas convencionais a custo mais reduzido. É a única siderúrgica do país com capacidade para ofertar estes produtos, via laminação a quente, em tais dimensões.
Sua atual produção a insere como 3ª maior produtora de aço do Brasil, contribuindo com 15% da produção nacional. Finalizou em 2007 um processo de expansão que elevou de cinco para 7,5 milhões de toneladas/ano a sua capacidade de produção de aços.

Toda a sua fabricação baseia-se no carvão mineral como fonte energética e tem como principais processos: a Coqueria, a Sinterização, dois Altos fornos, Dessulfuração de Gusa, Calcinação, Aciaria, Refino do aço, Lingotamento Contínuos, e Laminação de Tiras à Quente. Ao seu processo de produção, a ArcelorMittal Tubarão busca agregar outros valores visando otimizar os custos e minimizar os impactos advindos de sua operação.

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Sadia S/A

Introdução

A Sadia, empresa do setor agroindustrial fundada em 1944, atua nos segmentos de produtos industrializados, congelados, resfriados e de margarinas. Uma das maiores empresas de alimentos da América Latina, destaca-se entre as principais exportadoras do Brasil.

No mercado interno tem um portfólio de 680 itens distribuídos para mais de 300 mil pontos-de-venda. Exporta cerca de mil produtos para mais de 100 países.

As suas primeiras incursões no mercado externo datam dos anos 60. Conforme Relatório Anual (2006), a Sadia tem 13 unidades industriais e oito
centros de distribuições localizados em sete estados brasileiros (Rio Grande do sul, Santa Catarina, Paraná Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal).

Em dezembro de 2007, a companhia inaugurou a primeira unidade fora do País, no enclave russo de Kaliningrado, que recebeu investimento de US$ 90 milhões e empregará 700 funcionários, sendo 5% deles brasileiros. A nova unidade irá comercializar 25% da produção à base de carne de frango e bovina na rede fast food McDonald’s da Rússia. A planta resulta de uma joint venture com a russa Miratog, que detém 40% do capital da nova empresa e já distribui os produtos da Sadia naquele país (BOUCAS, 2007; ROCHA, 2007).

A Sadia investirá, entre 2008 e 2009, R$ 200 milhões em outras duas fábricas no exterior, sendo uma delas nos Emirados Árabes Unidos. O aporte está desvinculado do plano da empresa de investir R$ 2 bilhões, até o fim de 2008, no aumento de sua capacidade (BOUÇAS, 2007; ROCHA, 2007).

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