Estratégia empresarial para a mitigação e redução de GEE. O caso do grupo Agropalma na Amazônia

O cultivo da palma de óleo vem sendo realizado há mais de um século no continente asiático, e nas últimas décadas internalizou-se rumo ao sudeste do continente. Também entrou em países em desenvolvimento, nas regiões de florestas tropicais ainda nativas, em alguns casos melhorando a condição das populações presentes nestes habitats, mas também causando grande pressão nas florestas pelo desmatamento e ocasionando a perda de biodiversidade. Como uma das oleaginosas mais consumidas e controversas do mundo, o óleo de palma tem sido sistematicamente denunciado por ONGs ambientais e sociais por incentivar o desmatamento e deslocamento em massa de pequenos agricultores em países como a Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Camarões, Uganda, Costa do Marfim, Camboja, Tailândia, Colômbia, Equador, Peru, Guatemala, México, Nicarágua e Costa Rica.

A escolha do Grupo Agropalma foi intencional porque este desempenha um papel inovador com práticas de sustentabilidade socioambiental, as quais combina a estratégia de redução e mitigação de GEE (gases de efeito estufa), de forma alinhada com as políticas públicas para as mudanças climáticas, e principalmente por ser uma das empresas pioneiras no enfrentamento do tema que motivou este trabalho. Atualmente, o Grupo Agropalma é o maior e mais moderno complexo agroindustrial que produz e processa o óleo de palma e de palmiste na América Latina, detentor de toda a cadeia produtiva, desde a produção de mudas até a produção de margarinas e gorduras especiais. Sendo responsável por aproximadamente 75% da produção nacional. O Grupo Agropalma é o único no setor de palma no mundo a possuir as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, que atestam práticas voltadas para a qualidade de produtos, proteção do meio ambiente e segurança e saúde dos funcionários. O grupo também é signatário da Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO), movimento mundial que está desenvolvendo os critérios de sustentabilidade para o cultivo e a comercialização dessa oleaginosa, tudo isso em conjunto, colocam o Grupo Agropalma como um desbravador de novos caminhos que serão seguidos pelos seus concorrentes.

O presente estudo demostra que a presença do setor privado na Amazônia tem se tornado primordial para a conservação dos recursos naturais da região, como propulsor de um desenvolvimento sustentável, capaz de inovar em processos e produtos, por meio de novas estratégias que contribuem com soluções para problemas complexos de relevância nacional e internacional.

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